meu desejodelirapor sie só minha fomesádicapor deusantropofágica meumodus operandicom noitesfóbicase histéricas fumaçada péssimapaixãodo gozopor gozoda mentepor mente o puroe rudeescurodas tuaspupilasdilatadas devaneiodo errocrassode acharpossívelterpaxnos teusbraços
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tempero do tempo
por um tempo eu só quisescrever coisas positivasdissimular a naturezaputrefatadas relaçõesfindadas por um tempo eu só tinhaa esperança em um calormenos congelantedo queesse seu amorculpado por um tempo quis esquecerdo suicídio descarrilhadoque o universoprovocavacom a lembrançada sua nudez por um temponão soubedizeradeusao salgadodas suas lágrimasque me recordavama existência de algumahumanidadeno seu olhar
last kiss
A última vez que a vi foi em um dia frio de garoa na Galeria do Rock em São Paulo. Ela havia insistido por e-mail para me ver pois estava com saudades do tamanho de um país comunista à beira do colapso, segundo suas próprias palavras controversas que nunca entendi muito bem. Seu humor eraContinuar lendo “last kiss”
o que não se fala
um pequeno apegoà tristeza e ao passadoao ressentimentoao não faladoàs inimputáveiscoerçõesdo amor
noites juvenis
lembrei de quando tocávamos“boys don’t cry” no parquenaquelas madrugadas sutisque não precisavam acabarcomo acabaram precisandoantecipavam ressacase ressacas ainda eramcomedidamente poéticasa bebida era transportee não o destino finalas drogas ainda nãocheiravam usuáriossomente música e prazermistérios nas penumbraso desespero ainda nãopintava seus cabeloscom meu sanguee violões ainda eramos psicanalistasda noite
morrem os nós
precisei me retirarde mimparasobrevivera nós nósnão temosa mínima chancecontra essadistânciacontra essademênciacontra essainfânciacontra essaaparência
olhar
fitadas barulhentascorredores pequenospara tanto magnetismotantas malícias intentadasnas nossas pupilas dilatadas todos ao redor percebiame nós ignorávamospois só tínhamos olhospara nos alimentar