lembro dela
como um olhar
calmamente
embriagado
de interesse
mistério
e melancolia
lembro dela
como quem se perde
e passa por ruas
que já passou
à noite
mas nunca
de dia
lembro dela
como uma música
cujo refrão
eu canto
errado
e fica melhor
do meu
jeito
lembro dela
como uma praia
do litoral sul
que não visito
desde a minha
infância
mas que
ainda
ouço
o batuque
do vento
Ah… A doçura das lembranças.
Armadilhas mentais que nos fazem acreditar que a névoa do passado é melhor que a luz ofuscante do presente.
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A memória fica seletiva por causa da autopreservação. Sabendo disso é possível brincar com as lembranças de situações e pessoas que não existem mais. Playground verbal.
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Playground soa melhor que armadilha. Vou adotar essa forma mais simpática de lidar com a memória.
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É armadilha se você não sabe que está em um playground.
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Forte.
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Entendi! É igual à passagem por essa dimensão.
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As memórias vem, o tempo passa e o vento continua
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Linda e doce recordação daquela menina quye até hoje chega com o vento das saudades!
Vim conhecer teu blog, pois vi na Cris Leão que aqui acontecerá o desafio de Maio, por ela proposto! abraços, chica
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