Ana se sentia docilmente atraída por homens narcisistas que ejaculam autoconfiança. Carlos Eduardo gostava de fazer o papel da vítima e se cortar em pequenos pedaços. Paula queria beijar o maior número de pessoas possível e ficar mais alta que um arranha-céu. Diogo queria casar e viver anomalamente feliz para sempre com qualquer pessoa que lhe desse o mínimo de atenção.
Renato era o terapeuta dos quatro.
Ficou platonicamente admirado por Ana. Saiu algumas vezes com Paula. Internou Carlos Eduardo. E passou Diogo para outro profissional.
Dizem que hoje ele anda vendendo livros ao lado de maricas e cachimbos em um pano azul em São Thomé das Letras e atende pelo pseudônimo “Belchior”.
Mas eu e você sabemos o que aconteceu com ele. Ganhou um concurso de poesias e foi viver com quinhentas pilas por mês junto com Rafaela, que até então Drummond não havia colocado na história.
Mas sabe das coisas esse Renato. Foi recompensado pela sensatez e estou na torcida para que viva feliz para sempre.
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Caraca… São Tomé das Letras! Sói Belchior,mesmo!
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Sói , não… só… sim…
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Ejacular confiança foi demais !
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