você queria minha alforria
e eu lhe dei
minha falta
de tato
meus
batimentos
arrítmicos
e minha voz
distorcida
em lá sustenido
você queria minha empatia
e eu lhe dei
o fim do meu
desejo
minhas
memórias
mais melancólicas
e meu preço
em hemoglobina
você queria minha devoção
e eu lhe dei
minha paixão
mais odiada
minha prece
a um deus
impronunciado
e minha lúdica
roleta russa
matutina
não é segredo
que eu não posso
não quero
e não vou
lhe
satisfazer
vou limitar
meu valor
à imprecisão
de não ser
vítima
nem culpado
pois
o amor
é fato
insaciável
não é
divino
não é
perdoável
O amor é sentimento divino que liberta.
Se nos permitíssemos amar (e sermos amados) seríamos livres. E ilimitados.
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Depende da idealização. E idealização tem muito a ver com pretensão. Aqui que as coisas começam a ficar irreais e as expectativas fogem do controle. Gosto de navegar no romantismo, mas empiricamente é quando eu me ferro lindamente. Mas tem um curto período de tempo que há prazer.
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Não é bem questão de idealização. Amor, o de verdade, é mesmo divino e libertador.
Nós humanos que somos confusos e não sabemos apreciar a liberdade quando ela surge.
Gostamos da segurança dos grilhões das expectativas ilusórias.
Haveria prazer infinito se não fosse o medo.
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Isso parece mais com a iluminação budista, por exemplo. Amar tudo e todos incondicionalmente porque são extensões minhas. Eu estou no todo e o todo está em mim. Mas esse “amor” não tem o limite da individualidade. Eu não amo alguém. Amo todos.
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A paixão correspondida é o momento sublime do amor, mas dura pouco, depois a rotina maltrata e esfria a chama . Muitas segundas feiras com chuva e poucas sextas feiras à noite , amantes viram amigos e companheiros , é bom também e não deixa de ser amor ! O corpo não aguentaria viver apaixonado a vida toda …
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Dura muito pouco.
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Pode ser… O amor budista iluminado é lindo e surreal de distante de nós, reles mortais.
Mas me referia mesmo a amar alguém específico com meu euzinho limitado e ainda encontrar nesse amor permissão para a liberdade e prazer infinitos…
Admito que ando romântica ao ponto da idiotice.
No entanto, se eu crio minha realidade, no meu mundo há lugar para um amor de sonho e a dois.
Aguardemos…
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Toda experiência é válida. Mas eu vivo atento às minhas expectativas porque eu me perco fácil. Rs.
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É bom estar atento.
Mas se perder tem lá suas recompensas.
“Sobre o medo de sofrer:
Apesar de ser uma reação normal de defesa, quando você se fecha para a dor você se fecha para a vida – com tudo o que ela tem de bom: relacionamentos gratificantes, novas oportunidades de emprego, negócios, de ser mais saudável, de evoluir espiritualmente.
O crescimento precisa de abertura. Quando você desconfia de tudo e de todos, você se fecha para o conhecimento e para o novo, não sai do lugar e fica paralisado(a) achando estar protegido(a) atrás da “muralha de desconfianças” que você mesmo(a) ergueu.
O medo da dor gera em seu campo novas oportunidades de sofrimento e isso acontecerá repetidamente, em um ciclo vicioso, até que você trabalhe esse medo.”
Não por acaso, acabei de passar por esse post do @artetiposoficial no insta. Nem quero dizer que é o seu caso, só senti que complementava a conversa. rs
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Angústia do medo de perder. Angústia da sensação de não ter controle. Angústia de estar sendo ludibriado. Vivi intensamente isso algumas vezes. Ainda não sei a extensão dos danos e dos resquícios inconscientes dos infernos em que me meti. Hoje eu faço redução de danos me isolando e em constante autoanálise. E todo esse autoconhecimento adquirido pede para eu não me isolar tanto assim. Sublimo escrevendo.
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Todos dias tento encontrar o
Sentido das palavras que ouço e digo. Então procuro algum sentido e me vem um vasio, então como curar está hemorragia existencial que nela me afogo a cada instante, aí como mágica percebo que não estou só tem o link.
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Todo esse autoconhecimento adquirido não te ajuda em nada se você sublima o que seu íntimo pede.
É no se render ao chamado interno que as angústias se dissolvem.
Seja como for, amo o que você escreve e me sinto privilegiada por você perder seu tempo respondendo meus comentários.
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É a sublimação lacaniana. Não é negar a pulsão. É, de forma madura, transformar a pulsão em algo aceitável.
Se fôssemos ceder ao que o íntimo pede, não conseguiríamos viver em sociedade.
Subliminar é compreender a pulsão interna e desmembrar isso de modo viável. Faço isso em terapia e através da escrita. E assim diluo todo potencial destrutivo que tenho e transformo em algo construtivo.
Se quiser entender mais como é pode me mandar um e-mail que eu aprofundo mais como isso funciona pra mim. Obrigado por ler.
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Estamos falando de chamados internos diferentes haha e o assunto está ficando íntimo demais (ironias à parte) para esses comentários públicos.
Continua por e-mail…
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Escrevi tem o ank.
..
Link quem digitou não fui eu
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Gostei bastante. Me identifiquei por completo.
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